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Saúde não é brincadeira: os impactos do uso excessivo de telas na infância

25 de junho, 2025Por Equipe Editorial US
Saúde não é brincadeira: os impactos do uso excessivo de telas na infância

44% das crianças brasileiras de 0 a 12 anos têm smartphone e passam 4h/dia conectadas. O excesso de telas prejudica visão, sono, criatividade e interação social. Saiba como equilibrar tecnologia e infância saudável.

Durante muito tempo, a infância foi sinônimo de brincar na rua, correr descalço, se sujar de terra e inventar mundos imaginários com os amigos. Mas esse cenário tem mudado. As brincadeiras ao ar livre deram espaço às telas, que se tornaram companheiras constantes das crianças desde os primeiros anos de vida.

Com a rotina acelerada dos adultos, a tecnologia passou a ser um apoio frequente na organização do dia a dia familiar. Mas o que parece inofensivo pode trazer consequências sérias. O uso excessivo de telas tem afetado o desenvolvimento infantil, especialmente a saúde visual, a concentração e a interação social.

O crescimento das telas na vida das crianças

As crianças da chamada Geração Alpha (nascidas a partir de 2010) já nasceram imersas no universo digital. São nativas tecnológicas, acostumadas desde cedo com smartphones, tablets e assistentes virtuais. De acordo com a pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box, 44% das crianças brasileiras de 0 a 12 anos têm seu próprio smartphone. E mais: elas passam, em média, quatro horas por dia conectadas ao aparelho.

Esse contato intenso com a tecnologia altera a forma como aprendem, se relacionam e se desenvolvem. E embora a tecnologia traga muitos benefícios, o uso sem limites pode comprometer aspectos fundamentais do crescimento.

Os impactos na saúde visual e física

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, o uso excessivo de telas está diretamente ligado ao aumento de casos de miopia infantil. Crianças que passam muito tempo em ambientes fechados e com foco em dispositivos eletrônicos têm maior propensão ao problema.

Além disso, o uso prolongado de telas pode causar a chamada síndrome da visão digital, que inclui sintomas como fadiga ocular, olhos secos, dor de cabeça e visão embaçada. Também são observados problemas posturais, sedentarismo e alterações no padrão de sono.

A Fiocruz alerta que o uso de telas deve ser cuidadosamente monitorado: nada de tela para bebês menores de dois anos, e no máximo uma hora por dia para crianças entre 2 e 5 anos, sempre com supervisão. Após essa idade, o tempo deve ser dosado conforme a rotina da família, com pausas frequentes e diversificação de atividades.

Impactos no comportamento e no desenvolvimento

O excesso de tempo de tela também afeta o comportamento. Crianças expostas por longos períodos à tecnologia podem apresentar maior irritabilidade, dificuldade de concentração, atraso na linguagem e redução da criatividade.

Brincar é uma forma essencial de expressão, descoberta e aprendizado. E isso não pode ser substituído por jogos eletrônicos ou vídeos. A interação real, com outras crianças e com o ambiente, é fundamental para o desenvolvimento emocional, cognitivo e motor.

A comparação com gerações anteriores é inevitável. Antes, as crianças passavam horas brincando de esconde-esconde, amarelinha ou jogando bola na rua. Hoje, muitas se distraem por horas sozinhas, com fones de ouvido e olhos fixos em uma tela. Isso altera profundamente a forma como se relacionam com o mundo.

Como equilibrar tecnologia e infância saudável

A tecnologia pode ser aliada da educação e do entretenimento, desde que utilizada com critério. O segredo está no equilíbrio. Estabelecer limites de tempo, escolher conteúdos apropriados e acompanhar o que a criança está consumindo faz toda a diferença.

Além disso, é fundamental oferecer alternativas. Brincadeiras ao ar livre, jogos de tabuleiro, atividades manuais, leitura, esportes e momentos em família são caminhos saudáveis para ocupar o tempo livre de forma mais ativa e significativa.

Estimular o uso de jogos educativos não digitais, como quebra-cabeças, jogos de memória e brinquedos que incentivem o raciocínio e a coordenação motora, também ajuda a desenvolver habilidades importantes longe das telas.

Como diz o ditado popular: “Se sujar na areia é ser criança”. E isso também é parte da saúde. Garantir o desenvolvimento pleno das crianças é uma responsabilidade compartilhada. E isso inclui cuidar da saúde física, emocional e social, oferecendo um ambiente onde brincar, conviver e aprender aconteçam de forma equilibrada.

Não se trata de banir a tecnologia, mas de encontrar um ponto de harmonia entre o digital e o mundo real. A infância não pode ser acelerada. Precisa ser vivida com tempo, liberdade e afeto. Mais do que acesso às telas, as crianças precisam de espaço para serem apenas… crianças.

Equipe Editorial US

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